A Psicologia Clínica, é a ciência que trata dos aspetos do foro mental e emocional, cuja origem e estruturação ocorre de modo desenvolvimental, ou seja, através das relações emocionalmente marcantes e estabelecidas desde tenra infância, até ao longo e desenrolar da vida adulta.
A Psicologia Clínica procura compreender o indivíduo na sua essência e no seu sentir, abrindo portas para o verdadeiro núcleo do ser individual.
Havendo indicação para um acompanhamento e tratamento em Psicologia Clínica, este normalmente dá-se sobre a forma de uma Psicoterapia, cujo objetivo é a resolução dos problemas internos profundos que originam o aparecimento de sintomas mais superficiais, mais visíveis, que podem surgir sobre a forma de por exemplo, dor, sofrimento, medo, ansiedade, tristeza, raiva, revolta, inveja, mágoa, ressentimento, entre outros…
“Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos foram aqueles em que lutaste.”
Somos também aquilo que nos levou ao momento em que nos encontramos e esse caminho, esse percurso pessoal é normalmente condicionado pelas experiências passadas, ou seja, não obstante as dificuldade atuais, temos de lidar de modo acrescido com todas as dificuldades pelas quais passámos enquanto crianças e adolescentes e pelo impacto e condicionamento que isso representa na nossa vida atual, na nossa capacidade de sentir e amar, na capacidade de nos relacionarmos, de lidar com o trabalho, de lidar conosco próprios, de existir.
Assim, a compreensão do passado, da nossa internalidade e do que nos constitui enquanto pessoas, fundam uma estrutura imprescindível para a capacitação do lidar com tamanha exigência que é ser e existir no mundo.
“Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então.”
A Adolescência marca per se uma fase do desenvolvimento pessoal e emocional do Ser Humano extremamente turbulenta e conflituante. É nesta fase que são reativadas as pulsões, conflitos e desejos infantis, outrora colocados em espera pela emergência e impacto da sociedade, da cultura e da aprendizagem escolar.
O vínculo familiar, espelho da dependência infantil, é agora colocado em causa através da emergência das relações com os pares e do subsequente papel estruturador dessas relações na criação de uma identidade individual, circulando do pessoal para o grupal, dos outros para o Eu, num encontro consigo próprio.
Fase de transição, requerente de uma “ponte” que a permita, com vista a albergar o fluxo, rio do Eu e transitá-lo em sintonia para a vida adulta, que se tudo correr bem e esperançosamente se possa desenvolver estruturada e responsável, mantendo e ampliando a sua capacidade de amar, sentir, trabalhar, o seu sentimento de identidade e coesão pessoal.
“Na praia do mar de mundos sem fim, crianças brincam.”
A Psicologia Clínica Infantil procura acima de tudo, tratar e prevenir, de modo precoce e atempadamente, problemáticas e sintomas emocionais que podem ter efeitos futuros e duradouros na vida das crianças.
São exemplo disso, dificuldades de aprendizagem, sentimentos de raiva, tristeza e ansiedade, depressão, angústias, receios de abandono, medos, terrores, enureses, encopreses, problemas de sono, entre outros….
É através da técnica do brincar e da relação genuína e espontânea do Eu infantil do Terapeuta, como captador e capacitador do Eu da criança, que as problemáticas infantis podem ser re-vividas , re-sentidas e re-significadas na relação com este, de modo a surtirem um impacto profundo, estruturador e reparador na vida das mesmas, com efeito positivo e duradouro.
“São como um cristal, as palavras, algumas, um punhal, um incêndio. Outras, orvalho apenas.”
As relações trazem per se, dificuldades naturais, muitas vezes intransponíveis, que podem trazer ao de cima o melhor ou pior de cada um.
Compreender os fatores que levam às reações e aos conflitos entre casais, entender a dinâmica dos mesmo e o modo como os fatores pessoais, individuais e identitários se conjugam, organizam e reorganizam em função de padrões e ordens dinâmicas maioritariamente inconscientes é uma tarefa muito árdua, no entanto, é esta a tarefa e o trabalho da Terapia de Casais.
Na Psiaveiro, todos os casais são entendidos na sua singularidade, na sua conjuntura e na sua própria individualidade, havendo para isso um conjunto de entrevistas inicias com vista a definir e determinar qual o desenrolar futuro do trabalho psicoterapêutico, para onde caminham, se é possível, o que fazer?
O atendimento de casais procura então identificar, compreender e intervir no âmago das relações, dos seus sentimentos, da história da mesma e do impacto de cada indivíduo no seu conjugue, como forma de que se restabeleça ou se compreenda os motivos e dinâmicas, conjuntas e individuais que geram conflitos, ódios, tristezas, zangas, mágoas ou qualquer sentimento que prejudique ou danifique qualquer elemento do casal e/ ou ambos.